A paquinha, de nome científico Gryllotalpidae, é um tipo de grilo que vive no subsolo de jardins e hortas. Conhecida por vários nomes populares, como paquinha-de-jardim, grilo-toupeira, cachorrinho-da-terra, cachorro-d’água, piloto, ralo, frade, bicho-terra, cachorrinho-do-mato, cava-terra e grilo-talpa. Neste artigo vamos falar um pouco sobre essa espécie de grilo e como podemos controlar infestações.
O que é Paquinha? (Gryllotalpidae)
A paquinha, também conhecida como grilo-toupeira ou cachorrinho-da-terra, é um inseto pertencente à família Gryllotalpidae. Este inseto é notável por seu tamanho, com adultos medindo entre 3 a 5 centímetros de comprimento. Seu corpo é robusto, de cor marrom ou cinza, coberto por finos pelos que lhe conferem uma aparência aveludada. A paquinha possui uma cabeça larga com mandíbulas fortes, adaptadas para cavar e triturar, e suas patas dianteiras são modificadas em forma de pás, semelhantes às dos toupeiras, o que facilita a escavação de túneis no solo. As patas traseiras são adaptadas para saltar, embora a paquinha raramente salte.
Este inseto passa a maior parte do seu ciclo de vida no subsolo, onde escava galerias e se alimenta das raízes das plantas. É omnívoro, alimentando-se principalmente de raízes, tubérculos, rizomas e pequenos invertebrados. A paquinha é mais ativa durante a noite e em períodos de alta umidade, como após chuvas. Possui um ciclo de vida completo, passando pelas fases de ovo, ninfa e adulto. As fêmeas depositam os ovos em câmaras subterrâneas, e cada fêmea pode colocar centenas de ovos, que eclodem após algumas semanas. As ninfas se assemelham aos adultos, mas são menores e sem asas, passando por várias mudas antes de atingir a fase adulta.
Os túneis escavados pela paquinha podem danificar severamente as raízes das plantas, causando murchamento, amarelecimento e até a morte das plantas. Este dano pode resultar em perdas significativas em hortas e jardins, especialmente em culturas de raízes como cenouras, batatas e rabanetes. Adaptada para a vida subterrânea, a paquinha possui um sistema respiratório eficiente que lhe permite sobreviver em ambientes com baixos níveis de oxigênio. Apesar de viver no subsolo, tem órgãos sensoriais bem desenvolvidos que a ajudam a detectar vibrações e encontrar alimentos e parceiros.
Os sinais de infestação incluem manchas marrons no gramado, plantas murchas sem razão aparente e túneis ou galerias visíveis no solo. A observação direta da paquinha é difícil devido ao seu hábito subterrâneo, mas esses sinais são indicativos claros de sua presença.
Apesar de sua aparência assustadora, as paquinhas não são peçonhentas e não possuem veneno. Esses insetos são inofensivos para os humanos, embora possam causar danos significativos às plantas e jardins devido à sua atividade subterrânea.
Métodos de Controle e Prevenção
Controlar e prevenir a infestação de paquinhas (Gryllotalpidae) envolve uma combinação de métodos culturais, biológicos e químicos. Primeiramente, manter o solo bem drenado e evitar o excesso de irrigação pode reduzir a umidade do solo, tornando-o menos atraente para as paquinhas. Rotação de culturas também é uma prática recomendada, pois ajuda a interromper o ciclo de vida do inseto ao não permitir que se estabeleçam em um ambiente propício por longos períodos.
A utilização de armadilhas é outra estratégia eficaz. Armadilhas feitas com pedaços de batata ou cenoura podem atrair e capturar as paquinhas, que são removidas manualmente. Adicionalmente, métodos biológicos incluem a introdução de predadores naturais, como pássaros e pequenos mamíferos, que se alimentam desses insetos. O uso de nematoides entomopatogênicos também é eficaz, pois esses microrganismos atacam e matam as paquinhas.
Para aqueles que optam pelo controle químico, é importante usar inseticidas apropriados e seguir as instruções de aplicação cuidadosamente para minimizar os danos ao meio ambiente e aos organismos benéficos. Inseticidas granulares aplicados ao solo podem ser particularmente eficazes. No entanto, a aplicação deve ser feita com cautela para evitar a contaminação do solo e da água.
Outra técnica preventiva é a instalação de barreiras físicas ao redor das áreas afetadas. Telas ou redes finas enterradas ao redor de hortas e jardins podem impedir que as paquinhas entrem na área cultivada. Além disso, o cultivo de plantas repelentes, como alho e cebola, pode ajudar a manter esses insetos afastados.
Em um manejo integrado de pragas, combinar esses métodos pode resultar em um controle mais eficaz das paquinhas. A observação contínua do jardim ou horta para sinais de danos e a resposta rápida às primeiras indicações de infestação são cruciais. Essas práticas não apenas ajudam a controlar a população de paquinhas, mas também promovem um ambiente de cultivo mais saudável e sustentável.
Fotos
Veja algumas fotos da Paquinha logo abaixo e veja bem como elas são.
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